Então... andamos por lugares um tanto afastados da civilização nos últimos dias, onde internet é coisa que deve chegar em alguns anos... e com isso, acabamos atrasando um pouco os posts, mas, na sequencia todos os trechos serão devidamente atualizados.
Voltando aos recuerdos... Puerto Natales ficou na lembrança como uma cidade bonita
em que venta muito (muito mesmo). O que melhor aproveitamos por lá foi o
sorvete artesanal ótimo, na Heladeria Aluén.
Depois de sair cedinho para o Parque Torres Del Paine,
optamos por partir direto para a Argentina depois de recorrer o parque , ao fim
da tarde, já que El Calafate é pertinho
(200km é do lado, no padrão patagônico de distância).
No caminho, Paso Río Don Guillermo, tão movimentado que
no lado argentino os oficiais da migração jogavam um futebolzinho no
Playstation, pausaram para fazer nosso processo..e seguiram, sem a menor
cerimônia. De lá...150km até Calafate.
Esperávamos encontrar em El Calafate uma cidade parecida
com Puerto Natales, ou seja, pacata durante o dia com os visitantes no Parque
Los Glaciares. Chegando lá nos surpreendemos com a estrutura e beleza da cidade.
A rua principal, Avenida Libertador San Martín, é repleta
de lojinhas, restaurantes, mercados,
hotéis...as casas na cidade inteira são bonitas e com arquitetura
peculiar, construídas com madeira, pedra ou mesmo tijolos, mas cheias de
detalhes e com os jardins muito
coloridos e bem cuidados, o que torna a cidade acolhedora.
Os passeios disponíveis na cidade são pelo Parque Nacional
Los Glaciares, que tem como principal atração o Glaciar Perito Moreno, mas tem
outros tantos que podem ser visitados em passeios de barco.
A entrada do Parque para os brasileiros custa AR$ 150 (o
normal seria AR$ 200,00), o equivalente a R$ 35,00.
Antes de entrar propriamente no parque, a paisagem já
indica o espetáculo que vem adiante ao ver o Perito Moreno ao longe em uma
vista panorâmica.
Ao passar pela entrada recebemos orientações de onde
estacionar o carro e como pegar as vans que levam até a parte mais próxima,
onde, por passarelas, se tem a vista “clássica” do Glaciar.
Aí o espetáculo começa. O lago que circunda a geleira é
de um azul incrível. Ficamos debruçados no apoio da passarela admirando a
imensidão de gelo, que chega a 70 metros acima do nível da água (não tem como
ver isso nas fotos, já que nosso olho não tem comparativo para tal). Alguns
minutos ali e começamos a ouvir uma espécie de trovão: fendas se formam
conforme o gelo é empurrado do topo da montanha em direção ao lago (movimento
lento, mas que naquela imensidão causa uma mexida significativa) e blocos
gigantescos vão se desprendendo e caindo no lago causando um estrondo
fortíssimo. Emocionante de ver mais esse
espetáculo que a natureza nos proporciona nessa viagem. Prende a atenção de
todos que chegam até ali. Passamos um bom tempo esperando ansiosos o próximo
bloco se desprender e cair daquela altura gigantesta até tocar o lago.
Saindo das passarelas, fomos para o almoço. No final da
subida das passarelas tem, um local com comida, banheiros e loja de souveniers. Abastecidos, fomos para mais
uma etapa, o passeio de catamarã para ver a geleira mais de perto.
O passeio dura 45min, e chega bem pertinho do glaciar,
numa distância segura e rende fotos incríveis.
Andar e navegar pelo Parque foi uma experiência inesquecível.
Ainda teria a opção do trekking sobre a geleira, mas
acabamos não fazendo porque estava um pouco fora do nosso orçamento e
cronograma.
Algumas imagens para tentar descrever o que vimos e
sentimos:
Momento em que um bloco de gelo se desprende.
O Hotel escolhido para as duas noites em El Calafate foi
um achado. Se trata do Hotel Las Dunas, que tem 3 meses de existência e surpreendeu
pelo atendimento e qualidade das acomodações, por um preço muito em conta
(talvez por estarem iniciando os trabalhos). Gostamos muito e recomendamos com
toda certeza.
Na manhã seguinte,
depois de um café da manhã muito bom, continuamos nosso caminho até
El Chalten, cidadezinha pacata, que tem como atrativo
principal o Cerro Fitz Roy. Uma montanha com formações rochosas incríveis.
Como não íamos subir a montanha (El Chaltén é considerada
a capital argentina do trekking),
tiramos várias fotos em todos os mirantes possíveis e imagináveis e seguimos
rumo ao norte pela lendária Ruta 40.
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