domingo, 7 de junho de 2015

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Ruínas de Tiwanaku - De La Paz ao Peru

Depois de uma passagem conturbada por La Paz, com o centro obstruído por protestos, trânsito caótico, lesão no tornozelo e tudo o mais, optamos por abreviar nossa estadia. Das 3 noites programadas, ficamos só 2 e partimos para o Peru.

São duas opções de caminhos até Puno, nosso primeiro destino em solo peruano: Uma pelo norte, cruzando o Estreito de Tiquina (e o Titicaca de balsa), e a nossa escolhida, pelo sul, passando pelas ruínas da civilização conhecida mais antiga da América do Sul, em Tiwanaku.





Tiwanaku é o mais importante sítio arqueológico da Bolívia, e está situado a sudoeste do Lago Titicaca, a 72 km de La Paz e a 3845 metros acima do nível do mar.

Portal de entrada do Sítio Arqueológico

Miniatura do plano geral de Tiwanaku


No ano de 2000 a UNESCO declarou as ruínas de Tiwanaku como Patrimônio da Humanidade. Por ser uma cultura pré-colombiana (antes da chegada dos espanhóis e portugueses) que não tinha linguagem escrita, torna-se ainda mais misteriosa a sua interpretação.

Monólito Bennett

O que se sabe é que teve sua origem por volta de 400 a.c (embora outra linha de estudos diga que tenha se formado a partir de 1500 a.c) e que era, sobretudo, sede de um império agrícola, as suas construções de larga escala eram destinadas a gerir os recursos hídricos, associados a secas prolongadas ou às chuvas torrenciais e sazonais do clima rude do planalto boliviano.

A pirâmide de Akapana, a principal construção, está rodeada de vários diques e canais para drenagem das águas da chuva.

Templo Semi-subterrâneo

Porta do Sol


Tiwanaku é habitado por parte restante de descendentes dos povos antigos que habitavam o local. Hoje a maior parte da pequena população existente é de índios Aymara.

Na língua Aymara, Tiwanaku também é chamado de “Taypiqal” que significa “a pedra no meio”, isto devido a suposta crença de que essa cidade estaria no centro do mundo.

Monólito Ponce

Monólito Fraile


Hoje o sítio encontra-se em mau estado de conservação. Por ter sofrido saque de escavadores em busca de preciosidade ou tendo os monumentos destruídos e transformados em britas para a construção de ferrovias. Inacreditável, mas é a história desse lugar!

Esse sítio arqueológico é cercado de curiosidades e mistérios. Para quem se interessar e quiser ler mais sobre o assunto, deixamos um link com um blog bem interessante e detalhada sobre o local, aqui: Seu Mochilão - Tiwanaku


Saindo de Tiwanaku nos dirigimos para Desaguadero, a fronteira onde cruzaríamos para o Peru. Chegando lá ficamos abismados com o que encontramos. Foi a coisa mais suja e desorganizada que vimos na viagem inteira. Tinha gente, bicho, criança, sujeira... Foi preciso força na peruca para sair do meio daquela muvuca.

Uma hora e meia depois dos trâmites burocráticos confusos de migração e aduana em um livrão antigo, partimos para Puno.

Esse vídeo abaixo é da filmadora que acompanhou toda a viagem, no painel do carro. Sinta o que é cruzar Desaguadero, no vídeo abaixo:




Cruzando Desaguadero

Cholas por todos os lados

O restante do caminho vai costeando a margem sul do Titicaca, avistando lá longe a Cordillera Real e seus picos nevados.

Caminho a partir de Desaguadero


O Peru é um país (um pouco) mais estruturado que a Bolívia, então, tudo ficou mais tranquilo a partir daquela fronteira. Mais 150 km pela beira do lago, de Desaguadero e chegamos a Puno, nossa última parada antes de Cusco.



Lago Titicaca 

Povoado a beira do Titicaca

Povoado no caminho a Puno

No próximo post: Puno e as Ilhas flutuantes dos Uros, no Lago Titicaca.

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